Um estudo realizado pela Universidade de Sheffield em parceria com a Universidade de Ulster, apontou resultados que confirmam um alerta feito recentemente pela psicóloga Marisa Lobo em um artigo publicado na última segunda-feira, 30, conforme divulgou também pelo Psicologia Notícias.
A equipe de especialistas, liderada pelo professor Richard Bentall da Universidade de Sheffield, realizou a pesquisa psicológica com 2.000 pessoas entre segunda-feira, 23 de março e sexta-feira, 27 de março, usando medidas padronizadas de saúde mental.
Através dos dados coletados online, eles constataram que no último dia, 24 de março, 38% dos participantes do estudo relataram sentimentos de depressão significativa e 36% de ansiedade significativa, após saberem do anúncio de que seria necessário ficar em quarentena por causa do novo coronavírus.
Um dia antes de saber da quarentena, porém, os mesmos participantes relataram uma taxa muito inferior, sendo de 16 e 17% respectivamente. No decorrer da semana, a taxa caiu para uma média de 20%, tanto nos casos de depressão, como ansiedade, mas indicando o aumento expressivo durante o período.
Na segunda-feira, Marisa Lobo alertou sobre este cenário: “Tal condição causa sim danos à nossa psiquê. Precisamos nesse momento repensar nossas medidas de proteção, a fim de aliviar dores emocionais de pessoa que já se encontram fragilizadas por outros motivos”, disse ela.
Marisa criticou o que para ela é uma exploração massiva da mídia sobre o coronavírus, a qual estaria causando pânico na população. “Faço um apelo para a mídia para que trate o assunto com mais cautela e equilíbrio. Apelo especialmente para a Rede Globo, que parece ter transformado a pandemia em um show televisivo, explorando apenas o drama por trás desde cenário e não suas soluções”, disse a psicóloga.