A psicóloga Marisa Lobo, conhecida no país por abordar assuntos relacionados à família, depressão, suicídio e ideologia de gênero, criticou a forma como a imprensa, ou pelo menos parte dela, vem repercutindo a pandemia do novo coronavírus.
Marisa demonstrou preocupação com a possibilidade de que os casos de depressão e suicídio aumentem por causa do isolamento social. “Faço um apelo para a mídia para que trate o assunto com mais cautela e equilíbrio”, disse a psicóloga em sua coluna no Opinião Crítica.
“Apelo especialmente para a Rede Globo, que parece ter transformado a pandemia em um show televisivo, explorando apenas o drama por trás desde cenário e não suas soluções”, acrescentou.
Depressão, suicídio e coronavírus
A psicóloga afirmou que o ser humano é um ser relacionável, de modo que a quarentena pode servir de gatilho para o desenvolvimento de psicopatologias em pessoas com alguma fragilidade emocional, por causa do isolamento.
“Os números de depressão e suicídio tendem a aumentar com o isolamento social e o pânico gerados pelas mídias em relação ao coronavírus. Como psicóloga, tenho esta preocupação, pois não podemos separar o ser humano da sua mente, já que são dimensões intimamente relacionadas e exigem cuidados na promoção do equilíbrio”, disse ela.
A escritora explicou que é importante o poder público tomar medidas que favoreçam a saúde emocional da população no contexto de pandemia, e que os veículos de comunicação ressaltem mais os avanços no combate ao vírus, e não apenas o drama vivenciado por causa dele.
“Temos que mostrar os avanços da medicina, ações e esforços do governo e não promover conflitos ideológicos, políticos. Esse não é o momento de querer lucrar com audiência, mas de ser razoável, transparente e o mais otimista possível”, afirmou Marisa Lobo.