O caso intrigante envolvendo Sandra Mara Fernandes, a mulher que teve relações sexuais com o ex-morador de rua Givaldo Alves, o “Mendigo”, como ficou conhecido, se confirmou como um trágico episódio de exploração psicológica, midiática e talvez até sexual. Isso, porque, ela mesma confirmou ter sido “vítima” de algo do qual não escolheu.
Conforme o Psicologia Notícias havia noticiado, a suspeita de que Sandra teria sofrido um surto psicológico foi confirmada por laudo psiquiátrico. A psicóloga Marisa Lobo chegou levantar a hipótese de que, com base nisso, ela teria sido vítima de estupro de vulnerável.
Ou seja, quando uma pessoa se aproveita da condição indefesa de alguém para ter relações sexuais com ela. No caso de Sandra, tal condição teria sido o seu quadro de visível delírio em decorrência do surto psicótico.
Leia abaixo o desabafo completo feito por Sandra, onde ela afirma que agora procura na Justiça o seus direitos, após ter se envolvido numa situação “nojenta” e “sórdida” durante um período de “alucinações” e “surto”.
“Olá, me chamo SANDRA MARA FERNANDES , sou a mãe da Anna Laura e a esposa do @eduardoalvestrainer . Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.
Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.
Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promíscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior. Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!
Então, na condição onde estive eu sei que tinha legítimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por àquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura . Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.
Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS , pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer , e , principalmente , ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO . Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom!”