A psicóloga e conferencista Marisa Lobo foi às redes sociais para protestar contra mais uma manifestação de natureza política do Conselho Federal de Psicologia, dessa vez contra os chamados “decretos de armas” do Governo Federal.
Em suas páginas oficiais, o CFP publicou uma convocação para que a categoria pressione os parlamentares pela derrubada dos decretos. Para tanto, à autarquia utilizou, também, o argumento de que é preciso manter as avaliações psicológicas para concessão da posse/porte de armas.
“Chegou a hora de pressionar as(os) parlamentares a votarem pela vida, derrubando os decretos das armas. A votação deve ocorrer nesta quinta-feira (8)”, diz o CFP em sua postagem. “Temos que garantir a manutenção da Avaliação Psicológica adequada para o porte de arma!”.
Muito embora o CFP associe o tema à questão da avaliação psicológica, o qual é da sua competência, a oposição da entidade aos decretos é explícita, visto que o órgão fala pela derrubada dos mesmos, deixando claro estar agindo, também, de forma política e não como entidade pública da administração indireta (autarquia).
Marisa Lobo, por sua vez, já conhecida por enfrentar ações contra o próprio Conselho de Psicologia, disse que vai pedir assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a atuação politizada do CFP.
“O que é isso? Um sindicato esquerdopata? E eu estou pagando para vocês militarem vergonhosamente? EU SOU PSICÓLOGA, PAGO ESTE CONSELHO E SOU A FAVOR DO AMAMENTO. VOU É LIGAR PARA CADA DEPUTADO E PEDIR UMA CPI CONTRA ESSE CONSELHO, VOCÊS PASSARAM DOS LIMITES”, disparou Marisa.
Militância política do CFP
Não é a primeira vez que o Conselho Federal de Psicologia foge da sua competência autárquica para militar politicamente, indo de encontro aos interesses de boa parte da própria categoria.
Em outra ocasião, o CFP publicou uma nota declarando explicitamente que o atual governo (Bolsonaro) é uma ameaça à “democracia” por flertar com o “golpe” e com o “autoritarismo”.
“Nossas vidas estão ameaçadas”, disse o CFP em nota, conforme reportado pelo Psicologia Notícias. “Ameaçadas pela pandemia, pela fome e miséria. Nossa democracia está ameaçada pelos flertes do governo com autoritarismo e por constantes ameaças de golpe”.
Conselho Federal de Psicologia diz que o governo Bolsonaro ameaça a “democracia”