O caso de uma psicóloga presa em flagrante, após ter lançado objetos contra manifestantes da “Marcha da Família Cristã pela Liberdade” em Curitiba, no Paraná, despertou a ira de vários psicólogos, os quais pediram uma reação do Conselho Federal de Psicologia contra a colega.
Por questões jurídicas não mencionaremos o nome da psicóloga responsável pela agressão, mas ela já foi identificada através das suas redes sociais. Internautas compartilharam fotos da profissional endossando movimentos de natureza política ligados à esquerda, contra o atual governo.
A psicóloga responderá por “tentativa de homicídio”, uma vez que um dos objetos lançados do 13° andar do seu prédio (um maracujá congelado), na na Avenida Visconde de Guarapuava, atingiu uma idosa de 73 anos que participava da marcha, ferindo a sua cabeça. A senhora precisou ser hospitalizada e receber pontos, tendo alta em seguida.
Em suas redes sociais, a psicóloga Marisa Lobo, apontada como uma das organizadoras da marcha em Curitiba, cobrou atitude do Conselho de Psicologia. “Por muito menos o conselho de psicologia (CFP – CRP/PR) me perseguiu ideologicamente, quero ver agora se vão repudiar as atitudes dessa maluca que envergonhou ainda mais a classe”, disse ela.
“Como Psicóloga repudio a falta de humanidade, falta de respeito, a intolerância religiosa, a violência cometida por essa ‘psicóloga’ esquerdista, que em suas redes sociais mostra o ódio que tem de todos os CONSERVADORES, cristãos [sic]”, completou Marisa.
Tamiris Gomes, que também é psicóloga, usou a sua rede social para protestar. “Eu me pergunto: onde foi parar a empatia pelo ser humano que tanto nos ensinam nas faculdades de Psicologia?”.
O psicólogo Estêfani Honorato, que também é pastor evangélico, publicou uma nota de repúdio ressaltando que a marcha tinha por característica uma manifestação de fé, apontando à agressão como um ato de possível intolerância religiosa.
CFP e a psicóloga presa
Consultando às mídias oficiais do CRP-PR e do CFP, não encontramos até o fechamento dessa matéria qualquer posicionamento dos respectivos órgãos sobre o caso em tela. Entretanto, vale ressaltar que assuntos que não competem ao exercício profissional da profissão de psicólogo não são competências dos conselhos.
Ou seja, incidentes ocorridos na esfera pessoal do profissional, como a prisão da psicóloga citada, não obrigam os conselhos de classe a se manifestarem, salvo tivessem a ver com algo praticado em nome da psicologia.
Alguns psicólogos, no entanto, acreditam que pelo fato do CFP possuir um histórico de manifestações que fogem da própria competência, envolvendo muitas vezes temas políticos, seria esperado que neste caso houvesse alguma nota de repúdio em nome da categoria.
Abaixo, Marisa Lobo publicou um vídeo comentando o episódio. Assista: