Muitos ainda não sabem, mas o adoecimento mental é a terceira maior causa de afastamento dos trabalhadores no Brasil, segundo levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Saúde.
Essa é uma realidade que vem cada vez mais preocupando os gestores de pequenas e grandes empresas, já que muitos ainda não sabem como lidar com a questão da saúde mental no ambiente de trabalho.
Infelizmente, parte disso se deve à própria cultura organizacional, que é focada não nos sujeitos, mas em sua capacidade de produção. Ocorre que, quem produz, precisa de cuidados, já que é impossível produzir em estado de adoecimento.
Não é bom para o empregador desconsiderar a dimensão humana dos seus funcionários, porque isso impacta diretamente em seus resultados. No final das contas, os números se convertem em prejuízo ou, no mínimo, em dor de cabeça, quando é preciso afastar o colaborador por problemas como a síndrome de burnout, também chamada atualmente de síndrome do esgotamento.
Entre as principais causas de afastamento do serviço por razões de saúde mental estão, além do burnout, o transtorno de ansiedade e a depressão. Os índices quanto a isso são extremamente preocupantes e apontam para a necessidade urgente das empresas implementarem políticas voltadas para o cuidado laboral.
Alguns dos motivos alegados sobre esse adoecimento, muitas vezes, estão ligados ao próprio ambiente de trabalho, onde problemas como o assédio moral entre empregadores e empregados ainda é uma realidade frequente.
O chamado “clima organizacional” também está atrelado aos impactos sobre a saúde mental do empregado. Neste quesito, estamos falando de como a empresa gerencia os seus objetivos, os relacionamentos interpessoais e a sua própria capacidade de liderança perante os empregados.
Como podemos notar, existe uma demanda de natureza essencialmente humana no ambiente de trabalho, razão pela qual a saúde mental do trabalhador não deve ser negligenciada.